sexta-feira, 21 de maio de 2010

Crack: uma preocupação do estado.

                  Aepidemia de crack. Uma questão de saúde pública.

Postado em Últimas notícias em maio, 2010 A pré-candidata Dilma Roussef utilizou inserções do PT, na véspera do dia das mães, para tratar diretamente de um problema que ganhou contornos de epidemia. O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o prefeito de Vitória João Coser, expôs a necessidade do combate ao crack como uma das reivindicações do movimento que se concentra em Brasília por esses dias. A proliferação do crack está no centro da pauta nacional. Não é por menos.

O crack é um subproduto da cocaína com efeitos devastadores para o cérebro e a sanidade física de quem o utiliza. Diferentemente da cocaína, o processo viciante é muito mais rápido. Quase imediato. Seus efeitos terríveis encontram eco num rastro de violência que assola toda a sociedade. Tem se tornado cena comum nas cidades grupos de jovens, adolescente e até crianças reunidas para ingerir o produto. São cenas com o jeito e o rosto de um capitalismo putrefato.

Este problema não mais permeia um único extrato social. Pelo seu baixo preço, esta droga ficou por muito tempo conhecida como algo utilizado somente por moradores de rua. Atualmente 40% dos usuários de crack são provenientes da classe média. Levantamentos do Ministério da Saúde demonstram que existe um déficit de leitos em hospitais e clínicas voltadas ao tratamento de dependência química. Há uma década as estatísticas relatavam de cada 10 dependentes químicos que procuravam alguma internação em clínicas particulares, apenas dois eram viciados em crack. Hoje, nove são usuários desta droga. No SUS neste mesmo período de tempo, triplicou a assistência a este tipo de dependente: em 1999 eram 20% dos casos, hoje chega a 60%.

Existe um apelo da sociedade no sentido de dar solução a este problema. Como alguém de formação médica, pai de dois filhos e militante político, não poderia deixar de registrar a minha preocupação com um problema que transita das páginas policiais, para um assunto propriamente de saúde pública.


                                 retirado do blog do Renato Rabelo

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