Esta marcada para abril o VI congresso do Partido Comunista Cubano, o qual trará mudanças profundas ao País. Já está sendo debatido pela população, desde novembro último, um documento preliminar denominado: Projeto de Orientações da Política Econômica e Social. Segundo o Presidente Raúl Castro Cuba não intenciona voltar ao capitalismo, o documento enfatiza que “só o socialismo é capaz de vencer as dificuldades e preservar as conquistas da Revolução, pois a atualização do modelo econômico primará pela planificação e não pelo mercado.”
A situação econômica do País é critica, pois além de sofrer com um terrivel bloqueio econômico imposto pela Casa Branca, a crise econômica financeira mundial reduziu 15% no preço das exportações cubanas, atualmente seu principal produto de exportação é a de prestações de serviços principalmente nas áreas de saúde onde atua em 78 países, com 37.667 colaboradores, dos quais 16.421 são médicos. A Operação Milagro, iniciada em 2004, já atendeu gratuitamente, em quase toda a América Latina, cerca de 2 milhões de pacientes com problemas oftalmológicos, como catarata e na área da educação onde atua em 25 países, 1.082 educadores cubanos. O método de alfabetização de Yo si, puedo, já habilitou à leitura 4.900.967 adultos de 28 países e erradicou o analfabetismo na Venezuela, na Nicarágua e na Bolívia.
De 1961 a 2009 diplomaram-se na ilha, gratuitamente, 55.188 jovens de 35 países, dos quais 31.528 de nível universitário. Hoje, há 29.894 bolsistas estrangeiros em diferentes especialidades, dos quais 8.283 cursando a Escola Latino-Americana de Medicina (inclusive centenas de brasileiros, que ainda não tiveram seus diplomas revalidados em nosso país).
A localização geográfica da Ilha também influencia na deterioração de sua economia, pois o País sofre freqüentemente com furacões, nos últimos 10 anos foram 16 deixando 20,5 bilhões de dólares (metade do PIB) de prejuízos, e também foram consideráveis as perdas em decorrência das secas de 2003, 2005 e nos dois últimos anos.
A completa estatização da economia atualmente não é viável a Ilha, a proposta é manter empresas estatais ao lado de outras de capital misto, bem como modalidades diversas de iniciativas não estatais, como cooperativas, terras arrendadas e prestação de serviços por conta própria. Tentando evitar a corrupção em contratos com o exterior, Cuba aplicará este princípio: quem decide não negocia e quem negocia não decide.
Entre embargos, furacões e sabotagens, a Revolução cubana resiste há 53 anos. Seu maior mérito é assegurar condições dignas de vida a sua população, o Estado assegura alimentação, saúde e educação aos 11 milhões de cubanos. Na área da moradia 85% das famílias são donas de suas próprias casas - portanto não pagam aluguel - e os 15% restante pagam de aluguel 1ou 2 dólares mensais, computado em forma de amortização, pois ao final do pagamento do custo de moradia se converte em seu proprietário.
Cuba destaca-se também em não medir esforços na solidariedade aos povos mais pobres do mundo.
Postado por Marcos Branco
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