terça-feira, 28 de junho de 2011

Ativistas denunciam sabotagem contra navio de flotilha humanitária para Gaza

Os organizadores gregos da "Segunda Flotilha da Liberdade" para romper o bloqueio naval israelense de Gaza denunciaram nesta terça-feira (28/06), em Atenas, um ato de "sabotagem" contra uma de suas embarcações na capital grega. Em declarações à Agência Efe, um dos porta-vozes denunciou que ao meio-dia de ontem "se constatou que um dos navios, o 'Giuliano', de propriedade grega e com capacidade para 25 passageiros, tinha sido danificado de propósito".


Também nesta terça-feira, Israel anunciou a intenção de confiscar os navios que participam da segunda flotilha como medida preventiva para futuras expedições. A recomendação foi apresentada ao Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pelo Ministério da Defesa.

De acordo com um ativista grego, a imperfeição foi localizada no eixo que leva a hélice, que estava cortado com serrote e se rompeu durante um teste de navegação, além de um dos motores da embarcação não funcionar. "Trata-se claramente de um ato de sabotagem", afirmou, depois de mergulhadores terem examinado a imperfeição.
O porta-voz anunciou que está sendo realizada uma investigação em todos os navios, "localizados em diversos portos do Mediterrâneo", para constatar possíveis sabotagens, e os turnos de segurança foram intensificados. Apesar disso, o incidente "não afetará os planos de navegar em direção a Gaza".


Confisco

Ahaz Benari, assessor jurídico do Ministério da Defesa de Israel, acredita que Israel deveria iniciar um tribunal de assuntos marítimos e confiscar toda embarcação que violar o bloqueio marítimo que Israel impôs à Faixa de Gaza, informa o diário Haaretz.

"Não há dúvida de que a desapropriação dos navios é uma medida de dissuasão que poderia tornar desnecessário o uso da força contra futuras violações (do bloqueio)", diz uma carta enviada ao governo pelo titular da pasta da Defesa, Ehud Barak.


Por enquanto, Israel continua os preparativos para a chegada da segunda Flotilha da Liberdade às águas territoriais de Gaza, o que é esperado para quinta ou sexta-feira, segundo anunciaram ontem em Atenas seus organizadores.
Composta por uma dezena de navios com ajuda humanitária para Gaza e integrada por centenas de personalidades de vários países, a flotilha tentará novamente "romper o bloqueio israelense à faixa", assinala um comunicado do movimento.

Os navios zarparão com cerca de 500 ativistas desde diversos portos do Mediterrâneo, que não serão divulgados por motivos de segurança. No ano passado, na primeira flotilha, nove ativistas turcos morreram por disparos de comandos israelenses que abordaram o navio principal, o Mavi Marmara, que não participa desta segunda missão.



Retirado do Opera Mundi
por Victor Nobre

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