Na segunda-feira, 22, em declaração de liderança, o vereador Julio Martins assomou a tribuna inconformado com a presença do Sr. Walter Borges da CMB construtora, no palanque oficial sexta-feira na abertura do carnaval riograndino, ao lado do prefeito Fábio Branco e da Primeira Dama.
“ - Na sexta de noite, na abertura do carnaval, estava em casa e um cidadão me liga lá do Sambódromo e diz assim: - Tchê, estais perdendo aqui. Eu disse: -Estou perdendo o que? De vez em quanto eu olhava no canal, estou vendo o desfile. –Não, estais perdendo aqui o palanque oficial. –O que quê tem o palanque oficial? –Ah, está aqui o Prefeito, estão aqui alguns Vereadores, a Primeira Dama tomando cerveja abraçado com o Senhor Walter Borges. Na hora eu não “me liguei”, mas quem é esse Seu Walter Borges? Ai o “cara” disse: -Vai me dizer que tu não sabe? Vereador, o “cara” da CMB. Aquela que faliu das trezentas casas lá do Parque São Pedro; aquela que não construiu as casas da barraquinha, aquela que não fez as casas da Cidade de Àgueda e ficou com um milhão e meio! Ai eu me apavorei. Eu disse: -Tchê, o que quê houve ai? É autoridade? É algum Secretário esse camarada, agora? Ai me disseram: -Não, não é nada. É só amigo, está lá no palanque.
- Ai eu vejo aqui as matérias no jornal, só para lembrar quem é o Senhor Walter Borges, o Prefeito talvez esteja esquecido. Na época ele era Chefe de Gabinete do Prefeito Janir, quando essa empresa faliu. Quando esse Senhor deu falência e faturou só no Cidade de Águeda um milhão e trezentos mil. Só para os Senhores terem uma idéia. A gente só fala no Cidade de Águeda, ai eu fui puxar, porque eu sinceramente não conseguia ver o nome desse Walter Borges ligado a empresa em nenhum documento, porque eu não tenho nenhum documento da empresa, ai eu consegui uma matéria do Jornal Agora de seis de janeiro de dois mil e nove. A matéria diz assim: CMB Construções decreta falência e deixa três obras inacabadas. Três obras inacabadas! No Parque São Pedro uma construção de seiscentas casas em que o município saldou na época o Prefeito Janir Branco saldou como seria a realização da participação público privada era a CMB, a Caterra e a Caixa Econômica Federal e a Prefeitura fizeram um acerto para fazer uma obra. Só para terem a ideia treze milhões a obra, para construir seiscentas casas. A CMB parece que construiu três ou quatro e sumiu. Ai o “cara” da Caterra disse: -Olha já tem até outra empresa aqui. Está aqui na matéria do jornal, seiscentas casas. Cidade de Águeda a construção de trezentas unidades habitacionais, um projeto de três milhões e meio, construíram quatro casas e dezesseis ficaram pela metade e faturaram um milhão e meio para fazer isso aqui com a interferência direta da Prefeitura, porque foi a Prefeitura que contratou a CMB. E está lá no jornal, Fábio Branco denunciando o contrato com essa empresa. Está aqui o recorte do jornal, o Chefe de Gabinete denunciando a obra junto com o Secretário na época, o atual Prefeito. Tchê, abraçado no carnaval! Tchê, carnaval perdoa tudo? Carnaval a gente esquece as coisas? Estava lá o Prefeito, a Primeira Dama, beijinho, abraço, segundo as informações que me deram. Tinha mais alguns Vereadores e eu já disse aqui que não vou falar o nome dos Vereadores, porque a pessoa me falou...é na abertura, mas eu não vou porque não tenho uma foto aqui, mas do Prefeito eu posso fala porque vi e a Primeira Dama. Ai, é o seguinte, esse Senhor lá e as pessoas parecem ou pensam que a gente esquece. E não foi um que me ligou. Foi mais de um que me ligou dizendo do escândalo do palanque.”
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