Mulheres Pescando seus Direitos e Identidades

           É de conhecimento de todos que o Ministério do Trabalho decidiu não pagar o seguro defeso para as pescadoras da região. E quando falo em pescadoras, refiro-me às mulheres que acordam antes do sol para selecionar a pesca de sua família, muitas das vezes limpar, vender, não só peixes, mas camarões e siri que, geram renda para a família. Mas, infelizmente o Ministério está impossibilitando um direito das mulheres.

           E, realizando um gancho, “Mulheres Pescando seus Direitos e Identidades”, foi o tema da II Conferência de Política para as Mulheres realizada dia 31 de agosto do corrente ano. Nesta foram debatidos diversos temas. A estrutura da Conferência contou pela manhã com a Mesa Redonda que abordou os temas: Prioridades na Construção de Políticas Públicas para a Saúde; Saúde das Mulheres, Enfrentamento a Violência Contra as Mulheres e Trabalho e Emprego.

           E, à tarde, Foram formados Grupos de Trabalhos que construíram proposições em torno dos eixos trabalhados: Educação Inclusiva, Autonomia Econômica, Realidade de Emprego no Município e, Participação Política das Mulheres.

            O evento foi realizado pelo Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (COMDIM), em parceria com a Prefeitura tivemos a presença da Secretaria Municipal da Cidadania e Assistência Social (SMCAS).     Foi observado que o objetivo do evento era incentivar o diálogo para criação de propostas vindas dos participantes em busca da desigualdade e discriminação feminina. É válido ressaltar que deste evento, saiu uma moção de apoio a reivindicação das pescadoras.

Dentre as diversas propostas, tivemos:

·         A criação da Secretaria Municipal da Mulher;

·         Divulgação da Lei Maria da Penha;

·         Criação de creches com horários flexíveis;

·         Criação de uma casa lar para as mulheres portadoras de HIV;

·         Inclusão nas escolas municipais do discurso de gênero (igualdades entre meninos e meninas);

Dentre outras, todas de suma importância para a sociedade riograndina, visto que a mulher assume cada vez mais, papéis importantes e indispensáveis em nossa sociedade. E, desta Conferência foram escolhidas Delegadas(os) à Conferência Estadual que provavelmente será em outubro.

E, não podemos esquecer que todas nós que decidimos lutar por nossos direitos, contamos muitas das vezes com jornada dupla, pois, além de termos que lutar por nossos direitos, temos de ser: mulher, filha, esposa, mãe, profissional e ainda, estar sempre com aparência impecável e, simpáticas.

Por: Cátia Carrasco